4 de abr. de 2020

Existência

Observo teu contorno escuro,
silhueta viva em malha fina.
Há no outro lado um espelho.
Me diga, se me escuta:
Tu é o que digo que vejo?
A existência é frágil.
Observo a mim mesmo no escuro,
Pernas e braços, dedos enlaçados.
Ajoelhado diante do espelho.
Me diga, se me escuta:
Eu sou o que digo que vejo?
A existência é frágil.
Sou a silhueta vista em malha fina
que teus olhos contemplam marejados.
A verdade é a minha ou a tua?

A existência é frágil...

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